Grupo alemão registrou perda de € 1,67 bilhão no 3º trimestre.
Resultado foi afetado pelos custos com o escândalo de emissões.
CEO para veículos de passeio da Volkswagen, Herbert Deiss, no Salão de Tóquio (Foto: Yuya Shino / Reuters) |
A Volkswagen divulgou nesta quarta-feira (28) o primeiro prejuízo trimestral em pelo menos 15 anos, impactada pelos custos relacionados ao escândalo de fraude em testes de emissões de poluentes de motores a diesel, segundo a agência Reuters.
A maior fabricante automotiva da Europa sofreu no terceiro trimestre uma perda de € 1,67 bilhão, frente ao lucro de € 2,971 bilhões do mesmo período de 2014. A empresa ainda reduziu a previsão de lucro para o ano.
A Volkswagen reservou € 6,7 bilhões no trimestre para cobrir custos relacionados à fraude que envolveu 11 milhões de carros da marca no mundo, ligeiramente mais do que os € 6,5 bilhões anunciados na semana em que o escândalo se tornou público, em 18 de setembro.
Lucro anual
Como resultado, a companhia espera que o lucro operacional do ano fique "significativamente abaixo" do recorde atingido em 2014, de € 12,7 bilhões.
Como resultado, a companhia espera que o lucro operacional do ano fique "significativamente abaixo" do recorde atingido em 2014, de € 12,7 bilhões.
Excluindo os custos da fraude, a montadora ainda espera ter margem de lucro operacional de entre 5,5% e 6,5% este ano, depois de 6,3% em 2014.
Investimentos
A Volkswagen planeja cortar os investimentos em € 1 bilhão por ano em sua principal divisão, responsável por 5 milhões de carros que serão alvo de recall. A divisão de luxo Audi, fonte de cerca de 40% do lucro do grupo, também planeja cortes nos investimentos.
A Volkswagen planeja cortar os investimentos em € 1 bilhão por ano em sua principal divisão, responsável por 5 milhões de carros que serão alvo de recall. A divisão de luxo Audi, fonte de cerca de 40% do lucro do grupo, também planeja cortes nos investimentos.
A companhia confirmou que o prejuízo divulgado nesta quarta-feira é o primeiro resultado trimestral negativo em pelo menos 15 anos, mas por causa de mudanças contábeis, a empresa não pode precisar quando o último prejuízo ocorreu.
As vendas do grupo, que também incluem a marca Porsche, caíram 1,5% em setembro, para 885.300 carros e recuaram 3,4% no terceiro trimestre, para 2,39 milhões de unidades.
Com isso a montadora alemã ficou atrás da japonesa Toyota na liderança das vendas mundiais nos acumulado dos nove primeiros meses deste ano após ter assumido a primeira posição três meses antes.
Pedido de desculpas
Durante o Salão de Tóquio, o diretor-executivo para veículos de passeio, Herbert Diess, pediudesculpas em nome da marca. Ele afirmou também, que a fraude foi contra tudo que a a marca e seus funcionários pregam.
O executivo também anunciou que a marca irá investir ainda mais em novas tecnologias. O foco agora, são veículos elétricos. A montadora aproveitou ainda, para apresentar a versão elétrica do Tiguan, chamada de GTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário