ÉPOCA - Daniel Haidar e Talita Fernandes
O lobista Fernando Baiano afirma que propina de US$ 6 milhões por uma sonda da Petrobras foi paga ao PMDB – parte foi para o presidente do Senado
Desde seu início, a Operação Lava Jato gera conversas tensas no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB. Com seus aliados, Renan já temeu o que poderia surgir da Transpetro, subsidiária da Petrobras comandada durante 11 anos por seu afilhado Sérgio Machado.
Recentemente, o foco de suas preocupações se transferiu para os depoimentos prestados pelo lobista Fernando Soares, o Baiano, no acordo de delação premiada. Há quase nove meses preso em Curitiba,
Fernando Baiano revelou nas últimas semanas a extensão da influência de líderes do PMDB na Petrobras. Mais especificamente, Baiano contou que parte da propina obtida em contratos da estatal com empresas privadas era direcionada a Renan Calheiros.
Fernando Baiano revelou nas últimas semanas a extensão da influência de líderes do PMDB na Petrobras. Mais especificamente, Baiano contou que parte da propina obtida em contratos da estatal com empresas privadas era direcionada a Renan Calheiros.
A área de atuação de Baiano era a diretoria de Internacional da Petrobras, em que Nestor Cerveró e, em seguida, Jorge Zelada reinaram graças ao apoio do PMDB. Baiano contou aos investigadores que, no segundo mandato de Lula, foi avisado por Silas Rondeau, então ministro das Minas e Energia, que Cerveró passaria a ser copatrocinado pelo PMDB do Senado, do qual Silas era soldado e Renan general. A partilha da propina pelos contratos na área Internacional deveria, portanto, contemplar também o PMDB do Senado, como determina o fisiologismo brasileiro.
Um dos negócios desse novo acordo, que beneficiou Renan, foi a partilha na contratação da empresa Samsung Heavy Industries, em 2006, para a construção de um navio-sonda para a Petrobras: o Petrobras 10000, adquirido pela estatal por US$ 586 milhões, para ser utilizado na exploração de petróleo em águas profundas, em campos adquiridos pela empresa em Angola, na África. A Petrobras se deu mal. Os poços explorados se mostraram secos. A propina, no entanto, não tinha nada a ver com esses percalços. Foi paga.
Materia Completa aqui: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/10/parte-de-renan-no-petrolao.html
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