Duas explosões deixaram centenas de feridos em Ancara neste sábado (10).
Ataques ocorreram simultaneamente durante manifestação pela paz.
Reuters e AFP e G1 Link : http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/turquia-investiga-estado-islamico-como-responsavel-por-atentado.html
Familiares e amigos carregam caixão de Karkmaz Tedik, vítima do atentado na Turquia (Foto: Umit Bektas/Reuters) |
Uma das fontes disse que as explosões de sábado têm semelhanças extraordinárias com um ataque suicida em julho na cidade de Suruc, perto da fronteira com a Síria, e também acusou o Estado Islâmico.
"Este ataque foi no estilo de Suruc e todos os sinais são de que foi uma cópia daquele ataque... os indícios apontam para o Estado Islâmico", disse a fonte em condição de anonimato.
"Todos os sinais indicam que o ataque pode ter sido realizado pelo Estado Islâmico. Nós estamos completamente focados no Estado Islâmico", disse a segunda fonte à Reuters.
O ataque
O duplo atentado foi supostamente executado por dois suicidas, declarou neste sábado o primeiro-ministro islâmico conservador Ahmed Davutoglu, ao anunciar três dias de luto nacional pela tragédia. Assista ao vídeo acima.
O ataque ocorreu pouco antes do início de uma manifestação pacifista convocada pela oposição pró-curda, a três semanas de eleições legislativas antecipadas.
A contagem oficial do governo, atualizada na noite deste sábado, ainda é de 95 pessoas. 160 pessoas ainda estão internadas, 65 sob cuidados intensivos.
O duplo atentado foi supostamente executado por dois suicidas, declarou neste sábado o primeiro-ministro islâmico conservador Ahmed Davutoglu, ao anunciar três dias de luto nacional pela tragédia. Assista ao vídeo acima.
O ataque ocorreu pouco antes do início de uma manifestação pacifista convocada pela oposição pró-curda, a três semanas de eleições legislativas antecipadas.
A contagem oficial do governo, atualizada na noite deste sábado, ainda é de 95 pessoas. 160 pessoas ainda estão internadas, 65 sob cuidados intensivos.
Dia de protestos
Neste domingo, milhares de pessoas homenagearam as vítimas do pior atentado da história da Turquia. Perto do local das explosões, milhares de pessoas se reuniram convocadas pelos mesmos sindicatos, ONGs e partidos pró-curdos que organizaram a concentração de sábado.
Pessoas se manifestam contra atentados em Ankara, capital da Turquia (Foto: Umit Bektas/Reuters) |
Os manifestantes foram homenagear as vítimas e denunciar a responsabilidade do poder e do presidente Recep Tayyip Erdogan no ataque, a gritos de "governo renuncie" e "Erdogan assassino". "Eu sou uma mãe de família e estou preocupada por meus filhos", disse à AFP Zahide, uma trabalhadora, no meio da multidão.
"Eu me manifesto por meus filhos e por nosso futuro. A cada vez em que há mortos, eu também morro um pouco", acrescentou.
Os participantes da manifestação na capital acusaram o presidente e seu governo de manter vínculos com os jihadistas do grupo Estado Islâmico e de ter tomado a decisão de não garantir devidamente a segurança da manifestação de sábado.
"Nossos corações sangram (...) mas não atuaremos com espírito de vingança ou de ódio", disse Selahattin Demirtas, líder da principal formação pró-curda do país, o HDP, um dos grupos que convocaram a marcha.
"Esperaremos o dia 1º de novembro", data das legislativas antecipadas, e "então começaremos a trabalhar para derrubar o ditador", acrescentou.
Eleições se aproximam
A dupla explosão de Ancara aumenta a tensão no país, a três semanas das eleições legislativas antecipadas de 1º de novembro. Nelas, o presidente Recep Tayyip Erdogan espera recuperar a iniciativa política depois de ter perdido nas eleições de junho a maioria absoluta que possuía no Parlamento há 13 anos.
As eleições serão realizadas três meses após a retomada do conflito armado entre as forças turcas e os rebeldes curdos, contra o qual as vítimas do atentado de Ancara iam se manifestar.
O presidente islamita-conservador Erdogan condenou o ataque e cancelou uma visita prevista ao Turcomenistão, mas desde o atentado ainda não falou em público.
Na falta de reivindicação, Davutoglu apontou como suspeitos os jihadistas do Estado Islâmico, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), atualmente em conflito aberto com Ancara, e a Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), de extrema-esquerda.
Erdogan acusa o HDP de ser cúmplice dos "terroristas" do PKK, um grupo ilegal na Turquia ao qual prometeu aniquilar.
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"Eu me manifesto por meus filhos e por nosso futuro. A cada vez em que há mortos, eu também morro um pouco", acrescentou.
Os participantes da manifestação na capital acusaram o presidente e seu governo de manter vínculos com os jihadistas do grupo Estado Islâmico e de ter tomado a decisão de não garantir devidamente a segurança da manifestação de sábado.
"Nossos corações sangram (...) mas não atuaremos com espírito de vingança ou de ódio", disse Selahattin Demirtas, líder da principal formação pró-curda do país, o HDP, um dos grupos que convocaram a marcha.
"Esperaremos o dia 1º de novembro", data das legislativas antecipadas, e "então começaremos a trabalhar para derrubar o ditador", acrescentou.
Eleições se aproximam
A dupla explosão de Ancara aumenta a tensão no país, a três semanas das eleições legislativas antecipadas de 1º de novembro. Nelas, o presidente Recep Tayyip Erdogan espera recuperar a iniciativa política depois de ter perdido nas eleições de junho a maioria absoluta que possuía no Parlamento há 13 anos.
As eleições serão realizadas três meses após a retomada do conflito armado entre as forças turcas e os rebeldes curdos, contra o qual as vítimas do atentado de Ancara iam se manifestar.
O presidente islamita-conservador Erdogan condenou o ataque e cancelou uma visita prevista ao Turcomenistão, mas desde o atentado ainda não falou em público.
Na falta de reivindicação, Davutoglu apontou como suspeitos os jihadistas do Estado Islâmico, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), atualmente em conflito aberto com Ancara, e a Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), de extrema-esquerda.
Erdogan acusa o HDP de ser cúmplice dos "terroristas" do PKK, um grupo ilegal na Turquia ao qual prometeu aniquilar.
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