quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Papa pede perdão em nome da Igreja por escândalos recentes em Roma

Francisco fez pedido de desculpas em sua audiência semanal no Vaticano. Igreja foi atingida por escândalos recentemente.


O Papa Francisco pediu "perdão" nesta quarta-feira (14) em nome da Igreja pelos escândalos recentes em Roma e no Vaticano, no início de sua audiência semanal na praça de São Pedro.

O Vaticano registrou várias controvérsias nos últimos meses, incluindo o anúncio da homossexualidade de um padre polonês e o vazamento de uma carta privada enviada por um grupo de cardeais conservadores ao pontífice para protestar contra a metodologia do recente sínodo sobre a família.

Papa Francisco reza durante audiência na Praça São Pedro nesta quarta-feira (14) (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)

"Gostaria, em nome da Igreja, de pedir perdão pelos escândalos recentes que aconteceram em Roma e no Vaticano. Lhes peço perdão", disse Francisco.






"É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem", disse, ao citar um trecho da Bíblia.

O pontífice, de 78 anos, preside um sínodo de três semanas no qual os debates da Igreja sobre a família se viram ofuscados pelos escândalos.

A divulgação da carta dos cardeais rebeldes recordou na terça-feira o ambiente de intriga do escândalo "Vatileaks" em 2012, quando o mordomo do Papa Bento XVI revelou as intensas disputas dentro da cúria e as supostas fraudes cometidas pela administração vaticana.

A reunião dos bispos começou com as declarações de um padre polonês de 43 anos, Krysztof Olaf Charamsa, que anunciou sua homossexualidade e apresentou seu companheiro.

Charamsa, membro da Congregação para a Doutrina da Fé, foi afastado imediatamente, mas seu anúncio jogou lenha na fogueira de um debate que opõe conservadores e liberais sobre a relação da Igreja com os homossexuais.

O Papa Francisco também se viu envolvido no mundo da política italiana este mês, depois que negou enfaticamente ter convidado o prefeito de Roma, Ignazio Marino, a sua viagem aos Estados Unidos.

Muitos consideram que as declarações do papa, que alguns interpretaram como uma demonstração de desprezo, contribuíram para a renúncia de Marino, na segunda-feira.

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