Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no mensalão, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato chegou a Brasília na manhã desta sexta-feira (23) após uma rápida conexão em São Paulo.
O voo de carreira daTAM com o ex-diretor, vindo de Milão, pousou no aeroporto de Guarulhos às 6h25 –com 45 minutos de atraso.
Pizzolato não passou pela área de desembarque do terminal junto com os demais passageiros de seu voo.
Carros da Polícia Federal aguardavam o ex-diretor na pista de pouso. Pizzolato foi levado à delegacia da corporação dentro do aeroporto para trâmites burocráticos e logo em seguida, às 7h15, embarcou para Brasília a bordo de um avião da PF.
A aeronave pousou no hangar da Polícia Federal em Brasília. Pizzolato desembarcou, sem algemas, às 9h.
Na capital, fez exame de corpo de delito e foi encaminhado para a penitenciária da Papuda, onde cumprirá pena.
O engenheiro Cornélio Antonio Pereira, 53, que estava no mesmo voo de Pizzolato de Milão para São Paulo, disse que a viagem foi tranquila e que o ex-diretor não foi alvo de protestos.
"Definitivamente não foi hostilizado", resume.
Segundo Pereira, houve apenas uma "pequena vaia" a Pizzolato quando o avião já estava em Guarulhos.
FUGA
O ex-diretor fugiu para a Itália–país do qual também é cidadão– em novembro de 2013, logo após seus último recurso contra sua condenação ser rejeitado.
Na fuga, via Argentina e Espanha, o condenado usou documentos de um irmão, já morto. Ele foi preso em fevereiro de 2014, na cidade de Maranello, no norte italiano.
Em setembro deste ano, a Itália autorizou a extradição do ex-diretor. Ele então recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos, que rejeitou seu recurso no dia 6 de outubro.
Pizzolato seria enviado ao Brasil no dia 7, mas a Justiça italiana, cedendo à pressão de parlamentares contrários à extradição de um conterrâneo para cumprir pena no Brasil, adiou a entrega do condenado em 15 dias, prazo que expirou nesta quinta (22).
A defesa do ex-diretor alega que as prisões brasileiras não têm condições de garantir os direitos básicos dos apenados.
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